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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Relato de Helen Menezes

Relato de Helen Menezes


        Meu nome é Helen Menezes, tenho 39 anos, posso dizer que no decorrer da minha vida eu já tive alguns momentos de depressão onde me sentia só, me sentia um nada, sem nem uma motivação para viver. Sei que muitos poderiam dizer que o que eu sentia não era nada de mais, que tinha que levantar a cabeça e parar com aquela frescura. Mas sempre tive duas pessoas (minha tia e minha avó) que sempre me ouviram e me deram um sentido para eu olhar a frente e seguir adiante.

        Posso dizer que não é fácil passar por isso sem apoio, por isso segui. Tentei várias vezes desistir de tudo, mas os anos passaram e tive meus filhos, então, por muito tempo tentei conviver com a depressão em silêncio, no meu cantinho, nas madrugadas, chorando sem nem fazer um ruído, sofrendo com a ausência de algumas pessoas que foram importantes na minha vida e partiram. Porém ao olhar nos olhos dos meus filhos, Deus me mostrou que eles são um presente lindo na minha vida. No entanto, a três meses atrás, dia 09 de Junho de 2022, perdi a pessoa que mais amei em nessa vida, minha avó, que teve que partir, pois Deus a queria ao Seu lado, e com isso venho tendo uns pequenos momentos depressivos, nesses momentos depressivos, eu não vejo sentido em nada, não tenho vontade de acordar, não tenho vontade de fazer nada. Como disse, meus filhos são a minha vida agora, mas minha avó era minha fortaleza e sem ela está sendo difícil querer viver. No entanto, no dia a dia sigo em meu silêncio, tentando conviver com a ausência dela; e as madrugadas são meu maior tormento, pois é onde me vejo, na solidão dos meus pensamentos, na enorme dor da saudade, uma saudade imensurável que sinto dela e acabo me atormentando, querendo não mais viver, querendo que Deus me leve, pois não aguento mais. Foi quando pensei, ainda tenho minha tia que me ajuda mesmo estando longe de mim.

        Depressão não é frescura como muitos dizem, é uma doença tão silenciosa e cruel, que ela vem como uma avalanche a devastar a nossa vida, uma dor silenciosa. As pessoas que estão ao nosso redor, não percebem que aos poucos, sua alma vai morrendo, bem devagar, porém, o que te faz “sobreviver”, ainda são aquelas mensagens de quem ainda se importa conosco. E só tenho gratidão por ainda ter a minha tia e os meus filhos ao meu lado, mas ainda está sendo difícil conviver com a ausência da minha tão amada avó, que partiu recentemente. Que ela esteja nos braços de Deus Nosso Senhor!


Autora,

Helen Menezes.